O alerta foi feito por Pedro Erivaldo, coordenador da Defesa Civil de Cachoeira. "O local de sustentabilidade da ponte, nos pilares ou nas cabeceiras entre Cachoeira e São Félix, está muito deteriorado. Em alguns locais as peças da ponte estão soltas, o ferrugem já detonou tudo. O restauro está muito lento. Na hora de terminar de fazer o restauro, já vai ter que fazer outro, porque não tem condições: um dia a empresa trabalha, outro dia não trabalha", afirma. Em janeiro de 2023, a Prefeitura de Cachoeira anunciou a restauração do equipamento, o que não foi concluído.
Pedro Erivaldo afirma que um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi assinado em 2004. “Em 2004, foi assinado um pacto com o Ministério Público Federal, em termos de ajustamento de conduta com o Ministério Público Federal. E a ferrovia ficou obrigada a fazer o restauro da Ponte Dom Pedro II em 36 meses. Já temos 300 meses e ainda o restauro não foi completo", denunciou. A reportagem entrou em contato com a Ferrovia Centro-Atlântica S.A., responsável pela ponte, e aguarda retorno.
A estrutura de ferro e madeira possui 365 metros de comprimento e foi importada da Inglaterra. A ponte foi considerada uma das principais obras de engenharia do Brasil na época e desempenhou papel de grande relevância no estímulo à economia baiana no século XX.
Apesar da importância histórica para a cidade que foi Sede do Governo Provisório do Brasil durante a guerra da Independência em 1822, as discussões sobre a ponte não têm chamado atenção das autoridades. Na reunião desta terça-feira (20), não estiveram presentes representantes do Iphan, MPF e da empresa. A reportagem contatou as três partes e aguarda retorno.
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