“A educação do povo daqui é o medo dos homens de lá”

 
O maior medo dos governantes autoritários é que o povo se eduque e tenha condições de pensar e decidir o que é importante de verdade para si. Para isso, sabotam a educação das mais variadas formas.
Em Gandu e na Bahia, não é diferente para os parceiros políticos, Leo de Neco e Jerônimo, governador do estado.
Na esfera estadual, o governador Jerônimo foi denunciado pelo Ministério Público por orientar que professores aprovem alunos de escolas públicas, mesmo que não tenham condições ou mesmo que não tenham frequentado o mínimo das horas letivas requisitadas.
Já na esfera municipal em Gandu, o atual prefeito e apadrinhado de Jerônimo, Leo de Neco, também já denunciado pelo Ministério Público, segurou até onde pôde o piso salarial dos professores, retardando o pagamento que somente foi realizado em ano eleitoral, numa clara tentativa de conseguir simpatia e apoio político. 
Dizem que o dinheiro que parecia não existir nos últimos anos de sua gestão, apareceu logo em ano eleitoral, já no início da pré-campanha, porque sua candidata tem tido dificuldades em conquistar a confiança da população, já que ninguém a conhece.
Mas, a quem interessa que jovens se formem e saiam da escola sem ter aprendido aquilo que é necessário? A quem interessa menosprezar e desprestigiar a classe dos professores, se são os professores a base de qualquer sociedade pensante?
É claro que apenas os políticos autoritários e antidemocráticos se beneficiam com uma sociedade carente de educação. 
Mais do que nunca, na Bahia e em Gandu, o verso do poeta não poderia ser mais adequado, “a educação do povo daqui é o medo dos homens de lá”.

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