Por Davi Valadares
Nos últimos anos, as queimadas vêm se tornado cada vez mais frequentes no mundo. No Brasil, o Cerrado, Amazônia e Pantanal são os principais atingidos pelos incêndios de grandes proporções. Esses incêndios causam grandes desastres ambientais, econômicos e até mesmo mortes. Na Bahia, três municípios aparecem entre os que mais vem sofrendo com incêndios florestais no País.
“Jaborandi, Formosa Do Rio Preto e Cotegipe estão entre os 40 municípios onde o impacto do fogo é mais alto. Os incêndios não são naturais e tendem a se agravar com a expansão da agropecuária e mudanças climáticas”, diz um estudo feito por pesquisadores do Centro de Sensoriamento Remoto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade de Brasília (UnB) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O estudo quantifica a influência dos fatores climáticos, uso da terra, desmatamento e vegetação seca, que atua como combustível ao fogo, na ocorrência de incêndios na Amazônia, Pantanal, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa. Segundo os pesquisadores, o aumento dos incêndios florestais no Brasil parece estar associado a uma combinação entre as mudanças climáticas e o aumento do desmatamento.
Segundo ainda o estudo, que concluiu que os grandes incêndios não são naturais, tendo causa majoritariamente humana, no Cerrado e no Pantanal, o histórico de incêndios de grande impacto mostra que eles ocorrem em áreas de vegetação nativa, comumente em Unidades de Conservação próximas a propriedades rurais que possuem maiores rebanhos bovinos e, principalmente, nas quais ocorreu desmatamento recente.
"No caso das cidades mencionadas, observa-se que estão localizadas no oeste da Bahia, onde houve perceptível crescimento do agronegócio nos últimos anos. Desse modo, entendo que uma parcela considerável dos incêndios nesses municípios ocorre de forma intencional, de maneira a ampliar o uso e ocupação do solo com atividades agrícolas”, avaliou o engenheiro ambiental formado pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (URFB), Felipe Mamédio.
Fiscalização
Conforme o estudo, a tendência, com as mudanças climáticas e com a expansão agropecuária, é que a maior parte do Cerrado, Pantanal e Amazônia sofram com incêndios mais intensos e vastos. Em algumas regiões do Cerrado poderão ocorrer incêndios até cinco vezes mais intensos.
"Isso tornará o trabalho das brigadas de fogo cada vez mais difícil. Será necessária a intensificação da fiscalização visando a coibição dos causadores de incêndios, aliada ao maior investimento em programas de prevenção e combate de fogo”, afirmou o líder do estudo, Ubirajara Oliveira.
Felipe Mamédio alertou também que é esperado que ocorram problemas respiratórios em pessoas que venham a ter contato com a fumaça e partículas geradas pelo incêndio, implicando assim em uma pressão sobre o sistema de saúde. "Em escala global, esses incêndios contribuem com gases que favorecem a retenção de calor na atmosfera, favorecendo o aquecimento global, e consequentemente implicam em mudanças climáticas que serão sentidas em algum momento pela população do nosso planeta."
Nos últimos anos, as queimadas vêm se tornado cada vez mais frequentes no mundo. No Brasil, o Cerrado, Amazônia e Pantanal são os principais atingidos pelos incêndios de grandes proporções. Esses incêndios causam grandes desastres ambientais, econômicos e até mesmo mortes. Na Bahia, três municípios aparecem entre os que mais vem sofrendo com incêndios florestais no País.
“Jaborandi, Formosa Do Rio Preto e Cotegipe estão entre os 40 municípios onde o impacto do fogo é mais alto. Os incêndios não são naturais e tendem a se agravar com a expansão da agropecuária e mudanças climáticas”, diz um estudo feito por pesquisadores do Centro de Sensoriamento Remoto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade de Brasília (UnB) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O estudo quantifica a influência dos fatores climáticos, uso da terra, desmatamento e vegetação seca, que atua como combustível ao fogo, na ocorrência de incêndios na Amazônia, Pantanal, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa. Segundo os pesquisadores, o aumento dos incêndios florestais no Brasil parece estar associado a uma combinação entre as mudanças climáticas e o aumento do desmatamento.
Segundo ainda o estudo, que concluiu que os grandes incêndios não são naturais, tendo causa majoritariamente humana, no Cerrado e no Pantanal, o histórico de incêndios de grande impacto mostra que eles ocorrem em áreas de vegetação nativa, comumente em Unidades de Conservação próximas a propriedades rurais que possuem maiores rebanhos bovinos e, principalmente, nas quais ocorreu desmatamento recente.
"No caso das cidades mencionadas, observa-se que estão localizadas no oeste da Bahia, onde houve perceptível crescimento do agronegócio nos últimos anos. Desse modo, entendo que uma parcela considerável dos incêndios nesses municípios ocorre de forma intencional, de maneira a ampliar o uso e ocupação do solo com atividades agrícolas”, avaliou o engenheiro ambiental formado pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (URFB), Felipe Mamédio.
Fiscalização
Conforme o estudo, a tendência, com as mudanças climáticas e com a expansão agropecuária, é que a maior parte do Cerrado, Pantanal e Amazônia sofram com incêndios mais intensos e vastos. Em algumas regiões do Cerrado poderão ocorrer incêndios até cinco vezes mais intensos.
"Isso tornará o trabalho das brigadas de fogo cada vez mais difícil. Será necessária a intensificação da fiscalização visando a coibição dos causadores de incêndios, aliada ao maior investimento em programas de prevenção e combate de fogo”, afirmou o líder do estudo, Ubirajara Oliveira.
Felipe Mamédio alertou também que é esperado que ocorram problemas respiratórios em pessoas que venham a ter contato com a fumaça e partículas geradas pelo incêndio, implicando assim em uma pressão sobre o sistema de saúde. "Em escala global, esses incêndios contribuem com gases que favorecem a retenção de calor na atmosfera, favorecendo o aquecimento global, e consequentemente implicam em mudanças climáticas que serão sentidas em algum momento pela população do nosso planeta."
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