Equipe de política
Partido comandado nacionalmente pelo ex-prefeito soteropolitano ACM Neto, o Democratas e o PSL divulgaram uma nota pública com críticas ao presidente Jair Bolsonaro, que na última terça-feira fez discursos com ameaças golpistas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à democracia brasileira.
Na nota, as duas legendas, que devem se fundir em breve, afirmam que se tornou “imperativo darmos um basta nas tensões políticas” no país. “A liberdade é o principal instrumento democrático e não pode ser usada para fins de discórdia, disseminação de ódio, nem ameaças aos pilares da própria Democracia”. “Por isso, repudiamos com veemência o discurso do senhor presidente da República ao insurgir-se contra as instituições de nosso país. Hoje se torna imperativo darmos um basta nas tensões políticas, nos ódios, conflitos e desentendimentos que colocam em xeque a Democracia brasileira e nos impedem de darmos respostas efetivas aos milhões de pais e mães de família angustiados com a inflação dos alimentos da energia, do gás de cozinha, com o desemprego e a inconstância da renda. Não existe independência onde ao cidadão não se garantem as condições para uma vida digna. O Brasil real pede respostas enérgicas e imediatas. Coloquemos as mãos à obra”, diz a nota na íntegra. Anteontem, em Brasília, sem mencionar o Poder Judiciário, o presidente Jair Bolsonaro fez uma ameaça ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, durante discurso para manifestantes. Também sem citar os nomes dos dois ministros, ele disse que, se Fux não enquadrar Alexandre de Moraes, "esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos".
No discurso, Bolsonaro atacou o ministro Alexandre de Moraes, do STF — sem citar o nome do ministro. Alexandre de Moraes é responsável pelo inquérito que investiga o financiamento e organização de atos contra as instituições e a democracia e pelo qual já determinou prisões de aliados do presidente e de militantes bolsonaristas. Bolsonaro é alvo de cinco inquéritos no Supremo e no Tribunal Superior Eleitoral. De acordo com o presidente, "uma pessoa específica da região dos três poderes" está "barbarizando" a população e fazendo "prisões políticas", que, segundo afirmou, não se pode mais aceitar. "Não podemos continuar aceitando que uma pessoa específica da região dos três poderes continue barbarizando a nossa população. Não podemos aceitar mais prisões políticas no nosso Brasil. Ou o chefe desse poder enquadra o seu ou esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos", disse.
Nas palavras de Bolsonaro, "o Supremo Tribunal Federal perdeu as condições mínimas de continuar dentro daquele tribunal". "Nós todos aqui, sem exceção, somos aqueles que dirão para onde o Brasil deverá ir. Temos em nossa bandeira escrito ordem e progresso. É isso que nós queremos. Não queremos ruptura, não queremos brigar com poder nenhum. Mas não podemos admitir que uma pessoa turve a nossa democracia. Não podemos admitir que uma pessoa coloque em risco a nossa liberdade", declarou.
POLÍTICA
Comentários
Postar um comentário